sábado, 8 de abril de 2023

 

3 Os crimes de Nínive Ai da cidade sanguinária, cheia de fraude, de violência e de contínuas rapinas! Ruído de chicotes, barulho de rodas, cavalos a galope, movimentos de carros! Ginetes ao assalto, espadas que reluzem, lanças que cintilam, multidão de feridos! Mortos em massa, cadáveres sem fim! Tropeça-se nos seus cadáveres. Por causa das prostituições sem conta, da hábil feiticeira, cheia de encantos, que enganava os povos com as suas prostituições, e as nações com os seus sortilégios. Aqui estou contra ti, diz o SENHOR do universo. Eu te deixarei nua, levantando até ao rosto os teus vestidos, para mostrar a tua nudez às nações, e aos reinos a tua vergonha. Cobrir-te-ei de imundice e de infâmia, hei de expor-te como espetáculo. Todos os que te virem, fugiram de ti, dizendo: «Nínive está devastada! Quem se compadecerá dela? Onde irei buscar quem te conforte?»

A partir deste primeiro pecado, uma verdadeira «invasão» de pecado inunda o mundo: o fratricídio cometido por Caim na pessoa de Abel (288); a corrupção universal como consequência do pecado (289). Na história de Israel, o pecado manifesta-se com frequência, sobretudo como uma infidelidade ao Deus da Aliança e como transgressão da lei de Moisés. Mesmo depois da redenção de Cristo, o pecado manifesta-se de muitas maneiras entre os cristãos (290). A Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja não se cansam de lembrar a presença e a universalidade do pecado na história do homem.

«O que a Revelação divina nos dá a conhecer, concorda com os dados da experiência. Quando o homem olha para dentro do seu próprio coração, descobre-se inclinado também para o mal, e imerso em muitos males, que não podem provir do seu Criador, que é bom. Muitas vezes, recusando reconhecer Deus como seu princípio, o homem perturbou, por isso mesmo, a sua ordenação para o fim último e, ao mesmo tempo, toda a harmonia consigo próprio, com os outros homens e com toda a criação»

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