3 Os crimes de Nínive Ai da
cidade sanguinária, cheia de fraude, de violência e de contínuas rapinas! Ruído
de chicotes, barulho de rodas, cavalos a galope, movimentos de carros! Ginetes
ao assalto, espadas que reluzem, lanças que cintilam, multidão de feridos!
Mortos em massa, cadáveres sem fim! Tropeça-se nos seus cadáveres. Por causa
das prostituições sem conta, da hábil feiticeira, cheia de encantos, que
enganava os povos com as suas prostituições, e as nações com os seus
sortilégios. Aqui estou contra ti, diz o SENHOR do universo. Eu te deixarei nua,
levantando até ao rosto os teus vestidos, para mostrar a tua nudez às nações, e
aos reinos a tua vergonha. Cobrir-te-ei de imundice e de infâmia, hei de expor-te
como espetáculo. Todos os que te virem, fugiram de ti, dizendo: «Nínive está
devastada! Quem se compadecerá dela? Onde irei buscar quem te conforte?»
A partir deste primeiro pecado,
uma verdadeira «invasão» de pecado inunda o mundo: o fratricídio cometido por
Caim na pessoa de Abel (288); a corrupção universal como consequência do pecado
(289). Na história de Israel, o pecado manifesta-se com frequência, sobretudo
como uma infidelidade ao Deus da Aliança e como transgressão da lei de Moisés.
Mesmo depois da redenção de Cristo, o pecado manifesta-se de muitas maneiras
entre os cristãos (290). A Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja não se
cansam de lembrar a presença e a universalidade do pecado na
história do homem.
«O que a Revelação divina nos dá
a conhecer, concorda com os dados da experiência. Quando o homem olha para
dentro do seu próprio coração, descobre-se inclinado também para o mal, e
imerso em muitos males, que não podem provir do seu Criador, que é bom. Muitas
vezes, recusando reconhecer Deus como seu princípio, o homem perturbou, por
isso mesmo, a sua ordenação para o fim último e, ao mesmo tempo, toda a
harmonia consigo próprio, com os outros homens e com toda a criação»
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