Santidade, na Declaração Conjunta sobre a Ética do Meio Ambiente, a propósito da salvaguarda da criação, que assinamos em 10 de Junho do ano passado, delineamos uma interpretação especificamente cristã das dificuldades apresentadas pela crise ecológica. Os cristãos devem estar sempre prontos a assumir, em uníssono, a sua responsabilidade no contexto do desígnio de Deus para a criação, uma responsabilidade que leva a um vasto campo de cooperação ecumênica e inter-religiosa. Como afirmamos, uma solução para os desafios ecológicos requer mais do que uma simples proposta econômica ou tecnológica. Ela exige uma mudança de coração, que leve à rejeição de padrões insustentáveis de consumo e de produção. Requer um comportamento ético que respeite os princípios da solidariedade universal, da justiça e da responsabilidade sociais. Como Vossa Santidade afirmou no encerramento do IV Simpósio Internacional sobre o Meio Ambiente, realizado em Veneza, isto exige um sacrifício autêntico: "Quando sacrificamos a nossa vida e compartilhamos as nossas riquezas, adquirimos vida em abundância e enriquecemos o mundo inteiro".
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