12 Confessar Jesus sem medo *Entretanto
a multidão tinha-se reunido; eram milhares, a ponto de se pisarem uns aos
outros. Jesus começou a dizer primeiramente aos seus discípulos: Acautelai-vos
do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há encoberto que não venha a
descobrir-se, nem oculto que não venha a conhecer-se. Porque tudo quando
tiverdes dito nas trevas há de ouvir-se em plena luz, e o que tiverdes dito ao
ouvido, em lugares retirados, será proclamado sobre os terraços. Digo-vos
ainda: Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, também o Filho do
Homem se declarará por ele diante dos anjos de Deus. Aquele, porém, me tiver
negado diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus.
Os evangelhos foram escritos
por homens que foram os primeiros a receber a fé e que quiseram partilhá-la com
outros. Tendo conhecido, pela fé, quem é Jesus, puderam ver e fazer ver os
traços do seu mistério em toda a vida terrena. Desde os panos do nascimento até
ao vinagre da paixão e ao sudário da ressurreição, tudo, na vida de Jesus, é
sinal do seu mistério. Através dos seus gestos, milagres e palavras, foi revelado
que «n’Ele habita corporalmente toda a plenitude e Divindade». A sua humanidade
aparece, assim, como «sacramento», isto é, sinal e instrumento da sua divindade
e da salvação que Ele veio trazer. O que avia de visível na sua vida terrena
conduz ao mistério invisível da sua filiação divina e da sua missão redentora.
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