Poema de Tobias Smollett
Consertá-la! — era uma tarefa tão vã
Para contar as gotas de chuva de abril,
Para semear no solo estéril da África,
Ou as tempestades se mantêm em uma labuta.
Eu sei, amigo, ela é leve como o ar,
Falso como a armadilha engenhosa do passarinheiro,
Inconstante como o vento que passa,
Como a melancólica geada do inverno cruel.
Ela é tão avarenta também, apaixonada,
Suas alegrias ela não compartilhará nem provará,
Embora centenas de galantes esperem
De seus olhos vitoriosos, seu destino.
Corando em tal reinado inglório,
Às vezes me esforço para quebrar sua corrente,
Minha razão convoca em meu auxílio,
Resolvi não mais ser traído.
Ah! amigo, é apenas um transe de curta duração,
Dissipado por um olhar encantador;
Ela só precisa olhar e, confesso,
Esses olhares amaldiçoam ou abençoam completamente.
Tão suave, tão elegante, tão justo,
Certamente algo mais do que humano está lá;
Devo me submeter, pois a luta é vã,
Foi o Destino que forjou a corrente.
Poem by Tobias Smollett
To fix her!—’twere a task as vain
To count the April drops of rain,
To sow in Afric’s barren soil,
Or tempests hold within a toil.
I know it, friend, she’s light as air,
False as the fowler’s artful snare,
Inconstant as the passing wind,
As winter’s dreary frost unkind.
She’s such a miser, too, in love,
Its joys she’ll neither share nor prove,
Though hundreds of gallants await
From her victorious eyes their fate.
Blushing at such inglorious reign,
I sometimes strive to break her chain,
My reason summon to my aid,
Resolved no more to be betray’d.
Ah! friend, ’tis but a short-lived trance,
Dispell’d by one enchanting glance;
She need but look, and, I confess,
Those looks completely curse or bless.
So soft, so elegant, so fair,
Sure something more than human’s there;
I must submit, for strife is vain,
’Twas Destiny that forged the chain.
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