O chofer do presidente da Câmara de Leiria está com um Mercedes para transportar Abílio e Fernando para a base de Tancos. Estes carregam cada um uma mochila com os seus afazeres e entram no carro para ir tomar o pequeno almoço a estação da auto-estrada em Santarém. Depois de comer e tomar café a viagem é rápida. O chofer é muito conversador e um óptimo condutor. Os pneus comem o alcatrão com a alta tecnologia alemã. São esperados e não têm grandes problemas para entrar no quartel . A camarata está meia vazia.
São apresentados aos outros seis companheiros que irão para a frente. Esperam ordens do sargento e do capitão que formam a companhia. Para já têm uma tarde e uma noite de descanso. Os cabos de Leiria trouxeram um quilo de presunto finamente fatiado.
Ao toque de alvorada honram o hino nacional e a bandeira. Fazem exercício a parte com o sargento Lemos. Por volta das 10:30 estão todos sentados a uma grande mesa com o capitão Alcides. M16 e M36 são peritos em balística. Tomarão o encargo do disparo dos blindados.
Das 16:00 às 18:00 horas fazem o reconhecimento do campo militar a bordo dos dois blindados. Á frente uma viatura é conduzida pelo sargento e a outra pelo capitão.
Pelo meio da manhã estão de novo sentados na grande mesa, está presente o Senhor Major-general Paulo Maia Pereira de passagem por Portugal. Discutem-se planos ultra-secretos da MINUSCA. Ficaram de férias quatro num hotel em Bangui para conhecer a capital. No território as facções muçulmanas e cristãs estão em guerrilha. A maioria da população está deslocada. Constantemente a raptos, roubo de gado e abate de elefantes para o tráfico de marfim.
Proteger os civis é o primeiro dever integrados nas forças da NATO. Os militares nacionais são mais de duzentos e os terroristas têm um quinto do terreno. A República Centro Africana vive na instabilidade desde 1960, ou seja desde a sua independência. Metade da população ( seis milhões) vive na capital. Os grupos armados inimigos chegam às vezes a própria cidade. Poderão ser deslocados para qualquer ponto do território, terão apoio de helicópteros da Força aérea. Farão parte também do trabalho humanitário como dar apoio alimentar às populações.
No quarto dia foram para o campo de tiro tirar a ferrugem ao material. Dentro do blindado e com metralhadoras ligeiras a pé. Passaram quatro horas em manobras no mapa.
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